domingo, 30 de novembro de 2014

O NIILISMO TORNOU-SE A FILOSOFIA DOS NEGÓCIOS


O velho niilismo russo pretendia responder à barbárie opressora do czarismo
tocando o sinal de alarme com um não menos bárbaro extravasamento
de recalcamento. A tirania monetária internacional, que edificou os
palácios de estuque da fortuna virtual graças ao infortunio de tanta gente,
exibe outra versão, paródia daquela, mas não menos deletéria.

O ciclone da especulação financeira derrubou os valores do passado; não
há crença ou ideia que resista ao fluxo monetário onde tudo se anula trocan
do-se contra tudo. O arrasamento dos antigos valores, resulta de um
Mercantilismo apocaliptico. A coberto da rentabilidade a todo o custo, não
há erva nova que possa crescer. Os que se insurgiram outrora contra o
facto de morrerem pelo capital julgando que morriam pela Pátria
resignam-se hoje a morrer por nada, desde que o capital passou a cobrar o
verdadeiro juro da agonia planetária, dispensando qualquer fingimento- A
vida não vale nada, mas uma vida perdida vale dinheiro- esta é a filosofia
dos negócios.

O capitalismo financeiro sabe que a bolha especulativa pode rebentar a
qualquer momento, que as notas de dinheiro correm o risco de combustão
espontânea, que a realidade vivida por procuração é esmagada pelo
turbilhão de uma lógica mortifera.
Ele conta com o mercado do aniquilamento para aumentar os seus últimos
lucros. Ao jogar às Cassandras de um desabamento programado, o
capitalismo financeiro precipita no frenesim dos derradeiros dias
consumiveis e na histeria da Vida ausente todos os que trocaram os seus
desejos por” mais- valia”.

Tal como a massa financeira sem uso, a representação da Vida sem a Vida
um buraco negro que traga tudo o que passa ao seu alcance. O Niilismo é a
expressão do CAOS onde TUDO o que se compra e se vende equilibra o
vazio da existência e o “Ser Supremo do Dinheiro”. O espirito mafioso
reconhece-se na quantidade de estropiados afectivos que se agitam nos
caminhos do« Tudo é permitido desde que dê dinheiro».

sábado, 29 de novembro de 2014

CARAVELA NA PRAIA DOS DESCOBRIMENTOS

Numa praia do nosso descontentamento, descansa uma caravela depois de zarpar do Universo Cósmico, transportada através de "Um Buraco Negro".Repousa agora nesta praia Universal ladeada por um Padrão(Símbolo de terras conquistadas outrora pelos antigos portugueses). Este trabalho leva-nos a esse limite...entre o passado e o continnum intemporal.
Acrilico sobre tela,82x60,1996 (foto de 2014),100 euros

A RECONSTRUÇÃO DO TECIDO URBANO E SOCIAL


Desejais erradicar a agressividade, a delinquência, o crime e o mercado securitário
que deles retira o seu proveito?

Dizer não à agressividade e à violência não é fechar-se no circulo onde o
mêdo histérico reclama o terror repressivo, é aprender, em primeiro lugar,a
lutar, no terreno da sobrevivência quotidiana, a combater, com as armas do
saber, da criação, do jogo, da gratuidade, da solidariedade, contra a miséria
material e psicológica, contra a exclusão, a desolação e esse vazio interior
que alimenta a raiva de destruição destruindo-se a ele próprio.

È logo na infância que devemos acabar com os comportamentos predatórios
encorajados em toda a parte pela incitação ao consumo, a um lucro cada
vez maiores, a exprimir-se apenas em termos de concorrência, competição
e rentabilidade.

Só uma politica de gestão do nosso ambiente imadiato poderá arrogar-se os
meios para acabar com este exercicio de terror que, da grande à pequena
delinquência responde ao apelo conjunto do fetichismo do dinheiro e da
vacuidade existêncial.

Estamos fartos desse discurso humanista com que a classe politica embeleza
as suas prevaricações e rivalidades de poder. Cabe aos comités
de quarteirões e às associações de cidadãos propagar os principios da
democracia directa praticando uma abordagem humana dos problemas
sociais e psicológicos. Investir nos quarteirões desfavorecidos,
multiplicando neles as escolas, os ateliês de criação, os centros de solidariedade,
os rios de descobertas, os conselhos da defesa das liberdades,
levaria a curto prazo a reduzir as despesas atribuídas à repressão
policial, à justiça, às prisões, aos cuidados de saúde, aos serviços de
limpeza.

À centralização dos serviços estatais e privados, que cobram muito caro
pela pela sua terrificante protecção, não podíamos opor uma intervenção
colectiva, ou seja, instaurar territórios libertos da ditadura do lucro, zonas
onde não haja mulher, homem ou criança que tenham de temer as violências
engendradas pela opressão, pela miséria, pelo tédio, pelo desespero
e pela frustração.

Entregar as ruas à despreocupação dos veraniantes e aos jogos das crianças
reclama um pouco de iniciativa e de imaginação.É preciso embelezá-las, oferecendo
aos habitante os meios para promoção do encanto, pois nada desencoraja
mais o vândalismo do que a beleza; criação de zonas pedestres,
melhorar os transportes publicos, promover as viaturas não poluentes, garantir
a todos o direito ao alojamento, desencorajar a formação urbanística
de guetos de ricos e de pobres, desinfectar o tecido urbano implantando em
toda a parte, jardins, hortas públicas, ilhéus com bosques. A reconstrução
do ambiente implica a reconquista do território por uma população liber -
tando-se dos seus reflexos de medo e de perseguição, que ouse estar pre -
sente não para reprimir a delinquência, mas para dissuadir o seu exercicio,
devolvendo a consciência de uma ingerência solidária disposta a não tolerar
qualquer agressão.
É aí, na libertação de territórios tradicionalmente submetidos à cumplicidade
do crime e da repressão policial, que os direitos do ser humano
encontrarão os seus verdadeiros suportes e não nas oficinas governamentais
onde a realidade começa por ser apreendida em termos estatísticos
e de preço de custo. Não seremos nós capazes de assegurar nas
nossas casas, nas nossas ruas, no nosso quarteirão, nas nossas cidades,
não o poder, mas preeminência e a alegria daqueles e daquelas que
exprimem, no seu estado bruto, uma vida em perpétuo renascimento?

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

EU SOU FOTOGRAFIA, FERNANDO LEMOS

Em Portugal, governado pela ditadura, onde a Arte era controlada pelo regime ditaturial e o seu Serviço nacional de Informação cujo mentor, António Ferro e a sua "politica do Espirito"promovia o atavismo artistico e as escolas clássicas. mas um grupo de artistas, intitulando-se de Surrealistas tentavam por fim a este marasmo cultural; entre eles, Fernando Lemos, Cesariny,Dacosta,António Pedro, Cruzeiro Seixas, entre outros... Eis uma série de fotos, esclarecedoras desta nova visão do Mundo.


BLACK MASK- WALL STREET IS WAR STREET

BLACK MASK Nº4
Fevereiro – Março 1967
Revolução: Agora e sempre

Desfilámos pela Wall Street ( 10 de Fevereiro ). Mudámos o seu nome
para War Street. Enquanto a Wall Street fica na mesma, a guerra continua.
Mas nós não somos impotentes, este monstro pode ser travado. Primeiro de
tudo é preciso expor o inimigo, dizer o seu nome para o Mundo ouvir -
“War “ Street. Mas não podemos parar por aqui, no interior do capitalismo
reside uma Civilização Podre, conhecida como Mundo Ocidental. Uma
Civilização Podre até ao seu âmago.

Não somos os primeiros a dizer isto, nem os únicos que o dizem até ao
presente. O texto que abaixo se reproduz foi retirado de um manifesto
surrealista, “ Revolução Agora e Sempre “, publicado em 1925.
“ Onde a civilização ocidental é dominante, todo o contacto desapareceu, salvo
aquele a partir do qual se pode fazer dinheiro- apenas pagamento em dinheiro. Ao
longo de mais de um século, a dignidade humana foi sendo reduzida a um valor de
troca. É injusto; é monstruoso que alguém que não possui nada seja escravizado por
alguém que é proprietário; mas quando esta opressão ultrapassa o trabalho assalariado e
assume, por exemplo,formas de escravidão como as que a “Alta Finança” internacional
impõe sobre populações inteiras, é uma iniquidade que nenhum massacre poderá expiar
(…)



HAPPY THANKSGIVING FROM HIPERALLERGIC, BY SCORPION DAGGER (JAMES KERR )

James Kerr says: " I'm going to try and post one of these GIFs everyday. There're digital collages made mostly from northern and early Renaissance painting (...)"Op.Cit.

terça-feira, 25 de novembro de 2014

AQUEDUTO DAS ÁGUAS LIVRES

CONSTRUIDO EM  PLENO SÉCULO XVIII, PELO ENGENHEIRO MANUEL DA MAIA, COM O INTUITO DE ABASTECER DE ÁGUA A CIDADE DE LISBOA, FOI CONSIDERADO UMA OBRA PRIMA DE ENGENHARIA CIVIL, TANTO EM COMPRIMENTO COMO EM ALTURA, POIS TINHA UM DOS MAIORES ARCOS DA ÉPOCA. ESTE MONUMENTO, RESISTIU INCOLUME AO SISMO DE 1755 EM LISBOA E, AINDA SE PODE VISITAR E PERCORRER AS SUAS GALERIAS, AO LONGO DE VÁRIOS KILÓMETROS. A VISITAR...


CENTRO DE YOGA E MEDITAÇÃO VAJRAPANI


Yoga não é uma religião, é uma filosofia de vida.
 

Viva melhor!
   
Yoga e Meditação, o maior investimento para a sua saúde.
 

MANIFESTO SITUACIONISTA

A criação de um estilo de vida inaugura a abolição da
sociedade mercantil por uma Sociedade que exalta a Vida.


O primeiro território a libertar é o nosso próprio corpo. Desde há
séculos que a escolha dos Homens para se oporem a uma irreprimível
aspiração à felicidade não provém de qualquer fatalidade divina ou natural.
A tendência para servir o que nos mata foi ancorada em nós por um
conjunto de mecanismos que comandam o ser vivo, assestando-lhe um
sistema de sobrevivência fundado na exploração do Homem e da Natureza.
O ódio e o desprezo que o homem alimenta, tantas e tantas vezes,
para com ele próprio e para com os seus semelhantes, revelam quanto a
inumanidade é o verdadeiro mal-estar da nossa civilização. As nossas
sociedades estão doentes da barbárie que paga os interesses da opulência
financeira

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

GONG I NEVER GLID BEFORE

Esta banda francesa que nos anos 70 fazia um som alternativo e "sui Generis", faço este apontamento para quem não conheça e por tal, querer ouvir mais.

RIO ACIMA

Mais um trabalho pessoal cujo tema é o mar e os barcos. "Rio Acima"simboliza as àguas primordiais e seus barcos que mais não são que reflexos do nosso "SER", divagando neste rio da VIDA.
Acrilico sobre tela,55x38,1999, foto de 2014. 50 euros
 

ANDREAS VOLLENWEIDER UNDER THE TREE - IN THE CAVE

Excelente album de 1983, gravado numa "Caverna Mágica".Aqui vos deixo um tema, espero que gostem.

domingo, 23 de novembro de 2014

AYARKHAAN (YACUTIA) USTUU KHREE

Esta formação musical que já esteve presente em Portugal, vinda da região dos Iacutos para lá das montanhas de Altai, transmite o som Xamânico das estepes siberianas e seus ritmos unicos, ao som do berimbau de osso de rena, das vozes exuberantes rumo ao extâse e posteriormente aos "Estados Alterados de Consciência".

 

VIAGEM INTERIOR BANDA DESENHADA


quinta-feira, 20 de novembro de 2014

PELA ABOLIÇÃO DA SOCIEDADE MERCANTIL II

.No dia 9 de dezembro de 1792,
os revolucionários sans- culottes da rua Mouffetard endereçaram à Convenção um libelo com o
seguinte titulo:
Estão a gozar-nos? Pois não vão gozar-nos muito mais tempo?
Esta é a linguagem que ainda não foi ouvida pelos negociantes do planeta, hoje entrincheirados nos
seus bunkers fortificados e nos seus guettos protegidos por arame farpado, linguagem que não
chegarão de facto a ouvir se porventura os que deveriam utilizá-la não descobrirem um meio para a
reforçar através de medidas apropriadas. Actualmente, apenas se coloca a questão do desprezo e do
ressentimento geral que lhe responde. O descontentamento está em toda a parte e as soluções em
lado nenhum. Por outro
lado, quanto tempo vamos ainda tolerar que algumas criaturas, que só têm olhos para o dinheiro,
prossigam os seus negócios com a eficiência de um desfoliante planetário? Será preciso implorar
uma «mudança na ordem e na dignidade», para apregoar a moderação dos agiotas, apelar à
mansidão orçamental para com os rebanhos de deserdados? Não são uma triste palhaçada esses
cortejos em que seres humanos amputados dos seus salários, das suas fontes de rendimento,das suas
esperanças e meios de subsistência,deambulam exibindo os seus cotos?
Não é perfeitamente idiota exortar os ricos, cujos olhos e ouvidos apenas mostram alguma
solicitude para com os fluxos monetários, a mostrarem-se atentos aos gemidos de alguns milhões de
homens e de crianças que as operações bolsistas enviam todos os dias para as catacumbas do
desespero? Que julgais lucrar destes crápulas cupidos que a partir do quarto círculo do Inferno
Dantesco combinam a liquidação lucrativa de um Mundo que esvaziam da sua substância viva,
depois de se terem purgado da sua própria humanidade?
Não há diálogo possível com os propagadores da miséria e da morte. Não há discussão possível
para com os sustentáculos da barbárie. Só a afirmação obstinada da Vida soberana e a consciência
poderão quebrar as correntes que entravam o Progresso do Homem para um futuro Humano.
Os que apertam os cordões da bolsa asfixiando os povos, não são eles os comanditários dos aviões
suicidas de Alá, dos colares de granadas palestinianas, dos narcotraficantes columbianos e afegãos,
da bomba dos militantes bascos, corsos ou usebeques, da pistola metralhadora vendida livremente
nas escolas americanas, dos alegres machetes do Ruanda e do Borundi, dos confrontos nacionalistas
úteis para os negócios, das extremas direitas regurgitadas pela "Politica de logista" e até do humilde
coquetel Molotov dos polícias disfarçados de contestatários e dos contestatários que macaqueiam a
Besta militar?
Quem leva a palma do terrorismo? Os Talibãs ou vós, que os armastes? Os malfeitores suburbanos
ou´vós, que os conduzis ao desespero? O desempregado que abate o responsável pelo seu
despedimento ou vós, que desmantelais as fábricas? O palestiniano transformado em explosivo ou
vós, que verteis lágrimas de crocodilo sobre um povo ao qual retirastes qualquer esperança de
futuro? Os que incendeiam os campos com organismos geneticamente modificados ou os que
desnaturam, envenenam e provocam cancros?)

PELA ABOLIÇÃO DA SOCIEDADE MERCANTIL


.Quem são os verdadeiros depredadores? Um punhado de fatalistas, minados de tédio,
pelo ressentimento e pela falta de imaginação, que danificam vitrinas e carros para aliviarem a sua
cólica existêncial, ou os cínicos mandatários dos Monopólios multinacionais e os seus sícarios
politicos, nossos governantes, que enviam para a sucata transportes, cuidados médicos, escolas e
conquistas sociais?
Não há nada mais cruel, mais inumano, que este Espírito dos Negócios que, em nome do dinheiro e
todas as infâmias consentidas, massacra um povo, precipita milhões de pessoas na miséria e no
desespero, envia criança para o trabalho, para o bordel e para o exército, devasta paisagens,
desertifica os Oceanos, assassina baleias e elefantes e, na mesma linha de mira, rouba e esfaqueia
nos cantos das ruas. Aqueles que fazem da Terra uma cloaca tornaram-se a cloaca da
Terra. Não sei se os votos do bravo Meslier serão exauridos, se o último burocrata será enforcado
com as tripas do último padre. Os filhos dos que infectam o universo lhes cuspirão um dia na cara.
Objectais que até lá os patrões terão sido transformados em cadaveres? Para dizer a verdade,
cadáveres já eles são, mas há carcaças que, à força de levarem tanto tempo a apodrecer,
transformam a Terra num cemitério. É preciso pôr ordem nisto tudo e relegá-los para o passado,
para que nunca mais voltem a aparecer sob o aspecto humano.
.

TOTALITARISMO MERCANTIL


 António Pereira a Quarta-feira, 2 de Fevereiro de 2011 às 22:24. O Impº.da mercadoria devora
as suas próprias entranhas. A Implosão dos sistemas politicos e religiosos sob o efeito do
consumismo já era um signo precursor do desmonoramento que o absolutismo económico provoca
ao amontoar atabalhoadamente as fortalezas absurdas da especulação. O Islão está corroído
pela lógica do mercado, sem fé nem Lei. Tal como o cristianismo, não escapará à soberania
Mercantil que dessacraliza ideias e crenças depenando-as no valor de troca. Os
confrontos entre facções- Nações, etnias, clãs, tribos, gangs, lóbis- tapam os caminhos da
solidariedade humana para melhor abrir a via da livre circulação do dinheiro salvador. O
Calvinismo dos negócios coloca o gládio da redenção financeira sobre o Homem. Os ministros do
Deus Logista gostariam de ser mestres de uma economia providencial, quando são apenas lacaios
de um mercado incontrolável que retira os derradeiros beneficios da sua destruição acelerada. Na
verdade, essa bolha financeira está destinada a estourar, sol apagado de um Universo onde as
sombras vão e vêm, densificando-se ou dissipando-se consoante o clima das cotações da Bolsa.
Oriunda do Mundo Agrário e do seu primitivismo mental, a modernidade mercantil regressa a ele.
Ei-la encarquilhada num recinto cavado pela tirania do comércio livre à glória do Deus Dinheiro,
cova destinada a servir de tumulo para a Humanidade inteira. O que ela anuncia assim não é o fim
dos tempos, mas sim o fim do seu tempo e do apocalipse permanenete de que retirou sempre os seus
beneficios. O perigo não reside tanto no desabamento do capitalismo financeiro,
mas antes no reflexo de morte que se arrisca a desencandear em todos os que não concebem apenas
a existência economizada até ao tutano. O fetichismo do dinheiro implica a renuncia de si mesmo
que tanto deve ao puritanismo; a renuncia da Vida engendra apenas comportamentos criminosos e
aberrantes( o rosto repleto de ódio dos islamitas e dos americanos adeptos da lei de talião é a face
da mesma moeda), ou por outro lado hedonistas consumistas, procurando um paliativo contra a
morte na compra de prazeres. Ora o mercado é idêntico e idêntica é a frustação gerada pela balança
da oferta e da procura num perfeito desprezo pela vida. Suportamos o assédio de uma desolação
tão propicia aos lucros bolsistas a curto termo quanto às radiaçôes mórbidas de uma existência
desprovida de atractivos.

O PODER LOUCO DO DINHEIRO

. António Pereira a Segunda-feira, 17 de Janeiro de 2011 às 23:00. O poder do dinheiro e o dinheiro
do poder sempre foram inseparáveis. A loucura pelo dinheiro e o poder louco caminham de braço
dado, fustigados pela avidez ascética e pelos prazeres reduzidos a dejectos da carência afectiva.
O que era inerente ao despotismo absoluto e às suas extravagâncias, sob Sardanapalo ou Estaline,
penetra hoje no âmago da existência comum para o petrificar sob a aparência do mais razoável
espirito democrático. O gládio e a pistola do carrasco cederam lugar às ordens da Bolsa.
O poder do totalitarismo financeiro que se estendeu aos quatro cantos do Mundo cobre o planeta de
uma atmosfera poluída, verdadeira «noite e nevoeiro», onde as sombras vão e vêm seguindo o curso
flutuante dos dividendos. Como um gás incapacitante, as exalações da tirania lucrativa penetram na
carne dos Homens, das mulheres e das crianças para acabar por corromper completamente a vida
mais elementar.
De meio indispensável para obter meios de subsistência, o dinheiro, elevado à condição de Fetiche
supremo pela curva hiperbólica do lucro, acabou por servir apenas para se reproduzir a ele próprio
nos circuitos fechados da especulação. O dinheiro «enlouqueceu» à força de rodopiar sobre ele
próprio, como uma serpente ouruboros devorando a sua própria cauda. Simultaneamente, o poder
que dele emana e do qual é a sua emanação desligou-se por sua vez das realidades terrestres, onde
cada individuo, com um mal estar crescente, procura acomodar-se ao seu absolutismo de direito
divino. A acumulação financeira levou o parasitismo
capitalista ao seu paroxismo. Um punhado de burocratas, mestres incertos de organismos
supranacionais e duvidosos, gestores dessas máfias que se chamam " Trusts ", lóbis, ou
multinacionais, esforçam-se por impor as leis da rentabilidade e do desregulamento social ao
conjunto das populações do globo. Dos guettos
da miséria à miséria dos ghettos de luxo, a consciência mercenária suplanta a consciência Humana.
O bom uso da rapacidade passa cartôes de crédito ao desprezo pelos outros, permitindo - fechar
escolas, rendibilizar o ensino, enfurecer os estudantes amontoados nas salas de aula e recorrer,
depois, aos métodos policiais para os acalmar. E que vemos pela frente? Um desprezo idêntico a si
próprio, que se exterioriza no vandalismo, partindo montra e carros, quando não reveste a
impotência pacífica das manifestações de massas. Longe de impedir esta súcia de prejudicar os
outros, vemos a maioria concordar com a enormidade das suas mentiras, aceitar reduções de salário,
curvar a espinha sob ameaça do desemprego, cair no desespero, plebiscitar demagogos, deitando-se
como cães aos pés do dono, em vez de espevitarem e de arriscarem da vida e do desejo.
Ora, que precisam eles para aplicar o seu programa? Que sejamos seus iguais, tão vazios,
inconsequentes e mortiferos quanto eles; que, por iniciativa própria nos acomodemos com uma
existência mutilada e que soframos com eles os seus tormentos, nas incertezas dos negócios e na fé
dos Mercados, e, bem atentos aos boletins de saúde jornalisticos incitando-nos a portámo-nos mais
ou menos bem, consoante os negócios piorarem ou « a crise chegar ao seu termo».
Deste modo, o grito das revoltas sem esperança e das críticas sem efeito mistura-se às suas vitórias,
onde os únicos vencedores são o dinheiro e a morte. (Continua)
.

A VIDA NÃO É UMA MERCADORIA

.
É no minímo engraçado ser acusado de utopia por políticos cuja carência mental e imaginativa levou todas as classes sociais a um
desespero incessante face ao absurdo do sistema de governação. Isto para não falar dos pensadores contestatários, candidatos ao
render da guarda burocrática. Excepto no caso do pensamento Situacionista, não vejo surgir nem uma única ideia que não pertença
a esse tecido corroído pelas traças que a limpeza episódica da Modernidade faz endossar ao velho Mundo. Procurai pois, desde
Marx, Fourier, Holderlin e Stirner, com que abrir uma perspectiva que não seja aquela em que o ser Humano é encenado pela
mercadoria que produz!! A Utopia? Mas não haveis
parado de vos esparramar nela! Exaltastes a Cidade de Deus e as suas fogueiras; a estabilidade social de Rathier de Vérone,
cimentada pela hierarquia dos padres, guerreiros e trabalhadores; o povo do III Reich milenarista; o Comunismo igualitário e os
seus Pais do Povo; o socialismo do consumo, cujas democracias de supermercados asseguravam a vida promorcional, e, até, a
retoma económica e financeira que promete a unção da riquexa àqueles que a tiverem merecido. O projecto de uma
Sociedade não é mais do que aquilo que já se perfila à luz da nova economia, na obscuridade e nos derradeiros sobressaltos de
uma economia moribunda. Gostava que os inimigos do mundo dos negócios não caíssem
no ridiculo de chamar «Nova Economia» à fase terminal de um capitalismo que apenas enveste no circuito financeiro e que dá cabo
de tudo, inclusive da sua própria sobrevivência, para acumular no vazio do Ser e do Universo o Maná hiperatrofiado do lucro
urgente e mal adquirido. A existir uma nova economia,
trata-se daquela que aposta na utilização de energias fornecidas gratuitamente pelo meio natural, sem que seja necessário extraí-las
à força da Terra, dos Oceanos, do ar, reinos mineral, vegetal, animal ou Humano.Tomar consciência da mutação económica em
curso é preparar o controlo de uma revolução de Mercado e seus meios envolventes. A história só conheceu Revoluções ditadas por
imperativos económicos, nos quais a consciência humana se imiscuiu para colher apenas derrotas- quer se trate dos movimentos
comunitários dos séculos XII e XIII, dos direitos do Homem, dos conselhos operários ou das colectividades de 1937.
Deixemos de ignorar o que decorre sob os nossos olhos: uma revolução está em vias de se
processar, ela apregoa um regresso ao "Valor de uso", o desenvolvimento de energias renováveis, a fecundidade natural das terras
e dos oceanos, o fim do trabalho servil e o reino da Criatividade. Cuidado! Trata-se, nem mais nem menos, de uma Revolução
económica que procurará triturar-nos servindo-se da Mercadoria renovada como isco. Cabe a nós ultrapassá-la, instaurando a
gratuidade da VIDA.

A LUTA CONTRA O DESPOTISMO ECONÓMICO TEM DE DEIXAR DE SITUAR NO TERRENO DO ADVERSÁRIO

.
por António Pereira a Terça-feira, 8 de Fevereiro de 2011 às 22:11

O pensamento revolucionário, que pretendia erigir-se ontem em ferro de lança do proletariado, nunca fez outra coisa a não ser
reproduzir a velha ditadura do "Espirito" sobre o corpo. A separação entre a linguagem das ideias e a expressão do desejo de viver
nunca parou de aumentar com a omnipresença de uma encenação em que o Individuo e a Sociedade perdem o seu valor de uso
em proveito de um valor de troca que os representa no Mercado e que, ao retirar-lhes a vivência da sua realidade, a substitui por
outra, lucrativa. A mercadoria de rosto humano tende a ocupar o lugar do individuo concreto enquanto, as flutuações da massa
monetária virtual determinam o curso caótico do Mundo. O território da vida quotidiana a libertar é a única base a partir da
qual a luta pode ser empreendida contra a economia de exploração. O militante encarna com dor esta separação entre função
intelectual e a manual que caracteriza o trabalho. Coloca o seu corpo ao serviço do espirito. Economiza-se a ele próprio e aguarda
por uma emancipação transcendente que o liberte da economia. Não é de espantar que passe tão espontaneamente da indignação
pacífica aos frenesins da impotência.
Denuncia as imposturas do espirito que celebra o clientelismo económico, mas o espirito de resistência que o anima faz
parte da mesma impostura.É apanhado na armadilha das armadilhas que pretende desmascarar.A sua profissão de fé implica a
crença nos simbolos, que manipula sem sequer se aperceber até que ponto são eles a manipulá-lo. Por trazer a
marca da consciência arrancada ao corpo e à terra, o simbolo guarda a lembrança recorrente de um sacrificio original, o da
vitalidade do Homem oferecida em holocausto ao trabalho da gleba, o que desmembra e devora todo o vivente desde a instauração
das primeiras sociedades agrárias.Nos primórdios, as sociedades agrárias escolhiam um pobre-diabo,atribuiam-lhe poder divino
durante meses, antes de o condenarem à morte a um tempo real e simbólica, a sina da semente dispersa,cega, sufocada e
enterrada, que renasce à luz do céu, provedora de alimento. Através do simbolo, o sacrificio do corpo posto ao trabalho é exaltado
ritualmente na tragédia da vida individual sacrificada à sobrevivência da Espécie.E é à Mercadoria Salvadora - ao valor de troca -
que o suplicio da carne é dedicado como oferta ao Divino. O simbolo mutila, arrastando consigo o bode expiatório, condenado à
morte para exorcizar o terrivel sentimento dos eleitos de estarem excluidos da vida.
O Deus do Islão sopra as torres de Wall Street e o Deus dos Cristãos submete a Gomorra afegã ao fogo celeste de
máquinas voadoras, cujo preço bastaria para reconstruir um País onde a flora, a fauna, a Humanidade e a sua consciência foram,
ofertas em Holocausto do Deus único do Lucro e dos Exércitos.

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

TORRES DE BABEL

Torres de Babel

O que outrora foram

poesias silvestres e bucólicas.

São! Agora! Negras e Maldiciosas

essas poesia danadas.Apelando ao

nosso Inferno Interior.

Cuidado agora!!!

Existem máquinas que pensam por nós!!!

Tudo ou quase tudo.

Tão certo, tão maquinal.

O “Sistema de Baltazar”... Chegou a hora dos

bacanais silvestres...

Atolados de gente pontiaguda,

vamos lamber o nevoeiro de demência

e exaltar os falsos Deuses que... numa

orgia nos faz despir de preconceitos,

Caminhamos rumo ao turbilhão dos

nossos sonhos...

E vamos...

E vamos...

O relógio da torre de papel.

PAROU!!!

À volta só se ouvem lamentos

ao vento como cânticos surdos.

Exaltando o “Fim dos Tempos”.

São procissões que vêem adorar

O Deus Dinheiro.

O seu fim está iminente...

Nos bosques voltará a ouvir-se

a musica silvestre.

E a poesia estará novamente

no coração dos Homens.



VISÕES DO CÉU E DA TERRA NUM TUMULO CHINÊS

  1. Os arqueólogos encontraram um tumulo não selado de tijolos com 1000 anos de idade, no nordeste da china, excepcionalmente bem preservados, com cenas celestes e terrestres.  Artigo de Laura C. Mallonee, de 18 de Novembro de 2014.

terça-feira, 18 de novembro de 2014

O DEUS LUNAR

ESTE TRABALHO DE ACRÍLICO SOBRE  TELA FAZ ALUSÃO A AKHENATON E NEFFERTITI, O CASAL SOLAR  QUE TINHA ATON COMO DEUS ÚNICO E SOBERANO. DESTA VEZ SERÁ A LUA O ELEMENTO CHAVE DO TEMA. A LUA SENHORA DAS ÁGUAS PRIMORDIAIS E PURIFICADORA DOS MALES DO MUNDO. 
ACRÍLICO SOBRE TELA,46X38,1999,100 EUROS

DEATH TRAIN

Riding Mexico's "Death Train" with Central America's child Migrant's. Photos by Laura C.Mallone, 17 November 2014

domingo, 16 de novembro de 2014

MISCELÂNIA I

Miscelâmia pretende ser um trabalho abstracto com textura, onde se cruza o acrilico com diversos objectos lá colocados como se fossem presos numa teia artistica.

sábado, 15 de novembro de 2014

LOUVANDO BUDA MAITREYA

Louvando o "senhor Buda- o Desperto -", com  címbalos, trompas e tambores numa eterna dança que é nada mais do que a dança do Cosmos. este trabalho está carregado de simbologia que cabe ao espectador descobrir...
Acrilico sobre tela, 70x50, 1996, foto de 2014, 50 euros

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

FOTOS DE SINES EM PORTUGAL

Em Portugal rumando ao Sul temos a vila de Sines, terra de Vasco da Gama, navegador que primeiro chegou à India pela via maritima. Vila muito bonita e com uma praia impar assim como a paisagem envolvente. A visitar e gostar da sua gastronomia e o festival de Musicas do Mundo que decorre todos os anos durante o mês de julho.

PRAIA DA SAMARRA, SINTRA,

Perto de Sintra, quem caminha ao longo da costa, temos várias praias muito belas, mas uma destaca-se pela sua beleza natural e em estado selvagem. Esta é a praia da Samarra cujo caminho para lá chegar está rodeado de paisagens ancestrais; caminhos romanos, fornos antigos. Obrigatório visitar a quem se deslocar a Portugal e a Sintra.

PINTURAS HUMANAS DE PAREDE; ARTE PURA E DURA.


CAVALEIRO DO APOCALIPSE

Acrilico sobre tela,,73x50, 50 euros

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

BASILICA DA ESTRELA EM LISBOA

Este trabalho de acrilico sobre tela tem por tema a Basilica da Estrela, vista através das traseiras de um prédio, numa noite quente de Verão.


DANÇAS EUROPEIAS NA FÁBRICA DE ALTERNATIVAS

Mais uma reportagem sobre as danças europeias em Algés, lisboa. Onde uma comunidade usufrui de um espaço fantástico; danças, musica e gastronomia e, sobretudo um ambiente familiar de um colectivo virado contra esta sociedade NeoLiberal, sem amôr, imaginação criativa, negando os valores da VIDA...


NOS EXAMES E HINO À ESFINGE


Estava nos exames
Ela, serena, perguntava
coisas que eu achava infames
coisas que eu baralhava...
A vida não me sorria...
Sabia-me a boca a sal;
e a cada pergunta fria
que ela formal, me fazia,
mostrava-me irracional.

Ó Esfinge dura do Egipto
antigo,
se não fosses tão grande e distante
como o Mundo,
os chacais já te teriam
e enterrado os ossos na areia.

THE GRAPHICS OF THE GREAT WAR IN FRANCE



sexta-feira, 7 de novembro de 2014

ALINHAMENTO...

Alinhamento propõe a visão do deserto visto da montanha primordial. Ele é composto pela pirâmide sagrada e consequente avenida iniciática, onde outrora desfilavam os sacerdotes de Amon e de Rá, entoando cânticos a Aton o Sol primordial e criador...
Acrilico sobre tela,65x47, de 1997, foto de 2012, 70 euros


AN ALTERNATIVE TO THE ART FAIR MARATHON, BY JILLIAN STEINHAUER

INDEPENDENT PROJECTS AT CENTER 548( 548W 22nd St., CHELSEA, MANHATTAN)