segunda-feira, 22 de setembro de 2014

CIDADE


A cidade escurece
nas vielas gastas
os vultos são filhos
dum passado ausente.
Que presentem estes negros
desejos humanos ???
num sonho quimérico
a viver de enganos!!!
A Cidade vive estes sêres
que pululam de cá para lá,
tal formigas, carregando a
soma das suas vidas em bolsos rotos.
O Homem questiona-se sempre
o Filósofo passeia.se no jardim
o poeta passa fome
Cristo morreu connosco.
A Cidade está repleta de Idolos Pagãos,
cujas formas vistosas,
são STATUS improvisados
violência e opressão.
No alto do prédio
um Homem comido pelo tempo
grita ao povo cá em baixo:
Não vos deixeis em desejos cujos
sonhos estão desfeitos,
pela bruma dos sentidos.
Lá em baixo ninguém repara nele
e continuam a marcha para a morte,
Em suaves prestações.
A cidade está repleta de vâmpiros
que sugam a energia vital, rompendo todos
os sonhos, prazeres mil
a troco do metal vil.
Um homem caminha só
de olhos”Abertos”, passo certo,
enquanto todos o olham a desdém...
Tinha saído finalmente da sua torre.
Saco às costas, partiu no nevoeiro
deixando a Cidade deserta de Vida
respirou fundo e sorriu...