quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

PROPOSTAS PARA UMA GESTÃO HUMANA DO BEM PÚBLICO


A Terra deve deixar de pertencer aos que a pilham, a desnaturam e a tornam cada vez mais feia por
um punhado de dolares. Temos de arrancá-la das mãos da máfias financeiras, com a tranquila segurança
dos camponeses brasileiros que se apoderam dos latifundios para neles se implantar uma agricultura
natural.
O Mundo pertence-nos, conquistemo-lo, multipliquemos os territórios libertos do dominio
Mercantil! Que esta vida seja a nossa e que o prazer de a construir de acordo com os nossos
desejos seja para sempre inalienável.
Por muito fragmentárias, aleatórias, incertas que sejam as medidas transitórias adoptadas
pelas Assembleias de cidadãos, elas dispõem de um critério de coerência capaz de precavê-las
contra as armadilhas do passado: temos todos os motivos para dissolver a realidade lucrativa
na realização da vida.
O que nos orienta corta absolutamente com as extravagâncias que fanatizaram, sob o
estandarte sangrento das religiões e das ideologias, gerações e gerações de deficientes
afectivos que usaram a mutilação como um tratamento apropriado para as feridas da sensibilidade.
A via traçada diante de nós é a de uma nova economia, que força a adesão rejeitando a
industria agro-alimentar, as energias nuclear e petroquimica, os serviços parasitários,
a falsificação das necessidades, a desflorestação, a desnaturação, a poluição da água,
do ar, do solo e da consciência.
Não ignoramos que ela substitui um mercado por outro e que coloca vestes novas sobre
o dolo arcaico do Comércio e do Lucro. Mas também sabemos que um capitalismo que
privilegie o valor de uso e a Aliança com a Natureza serve o nosso intuito de ultrapassar
a sociedade mercantil e de instaurar uma sociedade humana.
A função das Colectividades locais e internacionais consiste em pôr em marcha essa ultrapassagem.
Criar situações que impeçam a destruição do homem e do seu ambiente é
começar a propagar a consciência na nossa riqueza criativa, é apostar no desejo de
uma verdadeira vida para abolir os reflexos que nos sujeitam os mecanismos da concorrência,
da competição, da força, do sacrificio, da culpabilidade, pois a vitória da
economia totalitarista repousa no assédio constante ao Homem Economizado, tal como
o partido da morte e do ódio congrega os que renunciam ao amor pela VIDA.
Quais os objectivos prioritários de uma politica de proximidade?

a) A aplicação das energias renováveis para responder às necessidades das populações
Urbanas e rurais em matéria de aquecimento e electricidade.
b) O desenvolvimento da agricultura natural e de um mercado de qualidade, que
contribua para restaurar o bom gosto e a saúde.