segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

PROMOVER A GRATUIDADE DOS SERVIÇOS PUBLICOS


Nada será mais eficaz para proibir as organizações financeiras de
deitarem a mão gelada do dinheiro sobre os recursos pertencentes
à Humanidade inteira do que decretar o direito, para todos, de
disporem dos bens de sobrevivência sem terem de os pagar, de exi
girem a gratuidade dos transportes públicos e dos serviços de prevenção
sanitária.

A gratuidade não é um dever, nem uma caridade, não está submetida
a nenhuma filiação. Ela inscreve-se na previsivel mudança
de mentalidades augurada pelo desenvolvimento das energias reno
vàveis, ela entra num combate que, criando para todos as condições
de uma abundância de bens úteis e agradáveis, quebra a
dependência caritativa e clientelista
.
Cabe-nos recuperar o que é abandonado ao parasitismo do dinheiro
e sacrificado à rentabilidade, para o melhorar-mos. Deste modo,
o direito ao alojamento de cada ser humano autoriza a requisição,
pelas assembleias de cidadãos, dos edificios desocupados, para
neles alojar os mais desfavorecidos e para lhes fornecer os meios
para os embelezar e os tornar mais agradáveis. Da mesma forma,
as fábricas abandonadas ou ocupadas por grevistas serão reconvertidas
em atelier de criação de produtos indispensáveis à colectividade.
Não existe greve ou movimento reinvidicativo que doravante não
tenha tudo para ganhar em não mais transtornar os clientes e, antes
pelo contrário, em apostar na sua solidariedade, decretando a
gratuidade dos transportes públicos, das comunicações, dos cuidados
de saúde, das manifestações culturais...