Neste local podemos observar rochas que constituem o Maciço Magmático de Sintra.
Este maciço gerou-se há cerca de 80 Ma a grandes profundidades, sendo a rocha dominante o granito. Para além do granito encontram-se também outras rochas como por exemplo o sienito que aqui ocorre.
Na Serra de Sintra é possível observar paisagens em que se destacam amontoados caóticos de enormes blocos de rocha arredondados, constituindo o que se designa por “caos de blocos”.
Estas rochas são essencialmente de composição granítica e sienítica, tendo as edificações da Peninha sido construídas no alto de um destes amontoados de rocha sienítica.
O Santuário da Peninha insere-se num conjunto arquitectónico formado pela antiga ermida de São Saturnino (fundada por D. Pêro Pais na época da formação do reino de Portugal e hoje abandonada) e pelo palacete romântico de estilo revivalista, que se assemelha a uma fortificação, construído no ano de 1918.
A actual capela remonta ao século XVII, tendo sido fundada por Frei Pedro da Conceição.
O conjunto de paniéis que reveste o interior da ermida representa cenas da Vida da Virgem, e foi executado por diferentes autores.
Os painéis monumentais do corpo da nave têm vindo a ser atribuídos a Manuel dos Santos.
Também da sua autoria serão os dois painéis que ladeiam a porta principal e o tímpano semi-circular, este último com a representação do Pentecostes.
A capela-mor, datada de 1690, é revestida por mármores de diversas cores, que se estendem à abóbada de caixotões.
O retábulo, também de embutidos marmóreos finos, é atribuído a João Antunes, por ser muito semelhante a tantos outros traçados pelo arquitecto de D. Pedro II.
Reportagem de António Pereira em Novembro de 2016