quinta-feira, 23 de julho de 2015

Veja aqui, Vieira da SILVa


Exposição de pintura de Vieira da Silva no dia do seu aniversário a 13 de Junho na sua Casa Museu em Lisboa.
 
Biografia REPORTAGEM DE ANTÓNIO PEREIRAEra filha do embaixador Marcos Vieira da Silva, falecido em Leysin a 14 de Fevereiro de 1911, e neta materna de José Joaquim da Silva Graça, jornalista, fundador, proprietário e director do jornal O Século e proprietário da revista Ilustração Portuguesa, tendo vivido na casa do avô materno, em Lisboa.

Despertou cedo para a pintura. Aos onze anos ingressou na Academia de Belas-Artes, em Lisboa, onde estudou desenho e pintura. Motivada também pela escultura, estudou Anatomia na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa.

Em 1928 foi residir para Paris, onde estudou com Fernand Léger, e trabalhou com Henri de Waroquier (1881-1970) eCharles Dufresne. Em Paris conheceu o seu futuro marido, o também pintor Árpád Szenes, húngaro, com quem se casou em 1930.




Fundação Arpad Szenes-Vieira da Silva, Lisboa

Realizou inúmeras viagens à América Latina para participar de exposições, como em 1946 no Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB).

Devido ao facto de o seu marido ser judeu e de ela ter perdido a nacionalidade portuguesa, eram oficialmente apátridas. Então, o casal decidiu residir por um longo tempo no Brasil, durante a Segunda Guerra Mundial e no período pós-guerra. No Brasil, entraram em contato com importantes artistas locais, comoCarlos Scliar e Djanira. Ambos exerceram grande influência na arte brasileira, especialmente entre os modernistas.

Vieira da Silva foi autora de uma série de ilustrações para crianças que constituem uma surpresa no conjunto da sua obra. Kô et Kô, les deux esquimaux1 , é o título de uma história para crianças inventada por ela em1933. Não se sentindo capaz de a escrever, a pintora entregou essa tarefa ao seu amigo Pierre Guéguen e assumiu o papel de ilustradora, executando uma série de guaches.

Mais tarde a artista viveu e trabalhou em Paris, no número 34 da rua de l'Abbé Carton, no XIV bairro da cidade.

A partir de 1948 o Estado Francês começa a adquirir as suas pinturas e em 1956 tanto ela como o marido obtêm anacionalidade francesa. Em 1960 o Governo Francês atribui-lhe uma primeira condecoração, em 1966 é a primeira mulher a receber o Grand Prix National des Arts, a 9 de Dezembro de 1977 é agraciada com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada, em 1979, torna-se Dama da Ordem Nacional da Legião de Honra de França e a 16 de Julho de 1988 é agraciada com a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade.2

Participou na Europália, em 1992, e veio a morrer nesse ano