terça-feira, 7 de outubro de 2014

A LOUCURA SAIU À RUA


Do grande Prédio branco
abriram-se as portas de par a par
e multidões sairam para a rua,
varrendo de pouca insanidade
esta capital cidade.
Nunca se tinha visto coisa assim,
mesmo antes da depressão, se tinha assistido
a esta surrealista chegada
dos loucos em debandada.
Corriam nus pela rua
entoando bizarros cânticos, enquanto
os que passavam, devido às hipocrisias morais
gritavam; NÃO QUEREMOS MAIS!!!
Ocuparam o Parlamento
vestidos de palhaços dementes
expulsaram os deputados,
colorindo todo o ambiente.
As leis passaram a ser anedotas
onde todos riam do passado, onde,
“Sérios” senhores doutores
sangraram o País de dôres.
Lentamente, como por contágio
todos ficaram loucos; nas ruas, na TV,
nos Estádios e nos cemitérios.
O quotidiano era agora um imenso Carnaval
onde ninguém levava nada a sério.
Terminou a inflação e a especulação,
o desemprego-não consta na lista-.
A loucura tinha-nos tornado sãos e a
ambição ardeu numa fogueira em plena rua,
onde todos transpiravam de felicidade.
A loucura saiu à rua
os sonhos estavam agora
mais do nunca, presentes.
Fartos de pessoas”Decentes”
que nos adormeciam o sentido da Vida.
Livres da Razão...
embriaguemo-nos de sã loucura
onde os sonhos são frescura;
a vida uma aventura constante.
E assim por diante...