(...)
A Batalha pelo Espírito é, nos dias de hoje, marcados pela entropia,
pelos falsos ídolos e pelo reino da quantidade, um imperativo para
quem não abdica de encontrar um sentido para a vida, caricaturada em
poder e posse.
A
História não repete, mas renovam-se os ciclos de energia. A
intoxicação das mentes começa logo nos bancos da escola e alastra
depois nos Padrões de Cultura (?) veiculados pelos média.
Actualmente, o nível é tão baixo que até os próprios« ideais»
materialistas (Comunismo,Capitalismo,etcª) acabaram por sucumbir.
Para a a massa, não existem sequer ideias dignas desse nome: todos
se preocupam apenas em aproximar-se dos estereótipos dos novos
ídolos que são os ricos, os políticos, os desportistas, os actores
de cinema ou os cantores,etc, transformados em milionários fúteis,
de um dia para o outro, sem que ninguém ouse questionar essa medonha
injustiça que coexiste com a mais negra miséria. O que interessa é
parecer bonito por
fora. Como disse um sage, são como túmulos caiados no exterior mas
por dentro cheios de podridão.
Refletir sobre o
«passado», contemplando-o, é trazer presente ao presente: a visão
diacrónica provoca um erro de paralaxe. Tudo é presente e nada mais
do que presente.É a nossa tenuidade que dá realidade à seta do
Tempo( Sincronia histórica), (...)
Alves,
Adalderto, Portugal e o Islão Iniciático, Ésquilo
Editores, Lisboa, 2007,pp.114/115